Desafios ambientais na indústria farmacêutica e como as empresas o estão a enfrentar
Com este post objetivamos explicitar os desafios ambientais da indústria farmacêutica e como as empresas o estão a enfrentar. De forma a responder a esta questão realizamos um mapa conceptual geral com todos os conceitos inerentes. Seguidamente, apresenta-se um mapa conceptual sobre o conceito da obsolescência programada, e seguidamente uma curta argumentação contra e a favor do conceito. Conseguinte, apresentamos o ciclo de vida do medicamento e a sua representação num mapa conceptual. De forma a auxiliar a conclusão analisamos um artigo e elaboramos uma resposta final conclusiva.
Figura 2 - Mapa conceptual obsolescência programada
Com base no vídeo “Obsolescência programada” é possível observar que o sistema da obsolescência programada conduz ao movimento da economia. Inferindo-se assim, que existe uma maior movimentação de dinheiro, logo há maior consumismo e com isto gera-se mais oportunidades de trabalho e maior poder de compra, o que leva a um melhor estilo de vida.
Visualizou-se um maior poder de escolha. Com este maior poder de escolha, existe uma maior diversificação de produtos, logo há mais fábricas e mais criação de empregos, o que pode reduzir a desigualdade entre classes. Esta desigualdade proporciona, por exemplo, uma boa educação para toda a sociedade e acesso igualitário na saúde.
Existe uma constante inovação das empresas para que estas se mantenham ativas no mercado, o que leva a uma maior e mais rápida evolução da sociedade, acrescentando benefícios na sociedade, nomeadamente no ensino, saúde e segurança .
Assim, partindo da frase inicial, conclui-se que a obsolescência programada possui um papel fulcral para a manutenção da sociedade em que vivemos pelos motivos referidos anteriormente.
Em contrapartida, com a obsolescência programada podemos assistir a um acréscimo de problemas sociais, tais como a exploração dos trabalhadores, sobrecarregando-os de forma a atingir as metas da empresa e não sendo recompensados pelo seu esforço, gerando uma maior desigualdade entre classes sociais. Com isto, os membros da classe empregador têm acesso a um melhor estilo de vida e a mais e melhores oportunidades e, por sua vez, a classe operária irá encontrar mais dificuldades e piores condições de vida.
É visível também uma certa dependência, ou seja, o sistema da obsolência programada está muito presente na sociedade e se ocorresse uma mudança de paradigma, iria causar a queda da economia. Isto, porque haveria uma necessidade por parte dos fabricantes em mudar o funcionamento e tempo de vida dos produtos, isto resultaria numa mudança de extração das matérias primas, e com estas mudanças a economia viria a decair. Pois, com o aumento da duração dos produtos, a matéria-prima e mão de obra, provavelmente iriam aumentar as despesas, pelo que os produtos encarecem e não seriam tão acessíveis a todos.
Por fim temos o problema da poluição, a obsolescência programada consiste na substituição constante de produtos por produtos de uma nova geração.Esta substituição dá origem a enormes quantidades de lixo que irá ser transportado para países menos desenvolvidos dando origem a lixeiras e alterações no ambiente
Conclui-se, que a obsolescência programada, não é assim tão benéfica para a manutenção da sociedade na medida em que causa problemas sociais, bastante poluição e uma dependia por este tipo de sistema.
Ciclo de vida
Investigação e desenvolvimento- Nesta fase, os cientistas estudam os mecanismos envolvidos na doença, de modo a encontrarem uma substância ou um conjunto de substâncias que seja capaz de combater a doença e que cumpra os requisitos necessários para se tornar num medicamento;
Ensaios clínicos - Depois dos ensaios pré-clínicos cumprirem os requisitos mínimos, o medicamento passa para a fase de ensaios clínicos. Esta fase é composta por 4 fases, sendo 3 delas feitas antes da comercialização. Nesta fase, os ensaios clínicos já podem ser feitos em pessoas. Caso os medicamentos cumpram os requisitos das autoridades controladoras, passam à próxima fase;
Pedido de AIM (Autorização de Introdução no Mercado) - Se o medicamento cumprir com os requisitos, pode obter AIM e ser comercializado. Esta autorização é dada pelas autoridades controladoras;
Fabrico e distribuição - Após a autorização, inicia-se o processo de fabrico do medicamento. Este processo e as instalações onde ocorre o fabrico têm de cumprir elevados requisitos de qualidade e segurança. Também durante a distribuição dos medicamentos, é necessário cumprir os requisitos de qualidade e segurança que são inspecionados pelas autoridades controladoras;
Prescrição e dispensa - Nesta fase, as autoridades controladoras divulgam informação para melhorar a prescrição e inspecionam e licenciam os locais de venda;
Utilização - Nesta fase, as autoridades controladoras monitorização a utilização dos medicamentos e garantem que estes chegam a todos os cidadãos que precisem, de modo a garantir a saúde pública.
Leitura e análise de um artigo científico
“A gestão eficaz de desperdício no meio ambiente do bem práticas da indústria farmacêutica”
Figura 5 - Mapa conceptual relativamente ao artigo analisado
Como as empresas do setor farmacêutico estão a enfrentar os desafios ambientais?
O questionamento de como as empresas do setor farmacêutico estão a enfrentar os desafios ambientais pode ser divida em partes para um melhor esclarecimento do todo. Primeiramente, é necessário entender quais os desafios ambientais do setor, conhecer as estratégias utilizadas até ao momento e analisar novas estratégias que poderão ser implementadas em eficácia a nível mundial.
Segundo o artigo [1], a indústria farmacêutica investiga e produz tratamentos, medicamentos e vacinas essenciais para o melhoramento da qualidade de vida. No entanto, são gerados subprodutos com impactos ambientais negativos. O impacto ocorre a nível da extração das matérias-primas, do transporte das mesmas, das indústrias transformadoras, da distribuição do produto final, até ao impacto causado pelos frascos, seringas, caixas de medicamentos inerentes ao produto final. A libertação de gases para a atmosfera durante o transporte seja em camiões, aviões, navios ou pelas fábricas, assim como a descarga de águas residuais e os resíduos sanitários, constituem um desafio para a indústria farmacêutica. O desafio da indústria farmacêutica consiste em minimizar os impactos negativos causados por cada fase de processamento dos seus produtos. O setor, para enfrentar este desafio ambiental [3] possui já uma preocupação com o tratamento das águas residuais. Por parte das entidades fiscalizadoras, estas possuem ações para assegurar a não contaminação dos solos, por parte do setor, que possui uma solução, as ETAR’s, estações de tratamento de água residuais.
Havendo já alguma preocupação ambiental por parte da indústria farmacêutica, a evolução das estratégias adotadas é emergente para diminuir o impacto ambiental do setor. Os especialistas pensam que seria benéfico para o setor entender de que forma se pode evoluir as estratégias de modo a estas se tornar sustentáveis, analisar todos os processos e entender de que modo se pode fazer melhorias em cada para diminuir o impacto ambiental, um papel ativo por parte das entidades de regulamentação das indústrias e aplicando sanções às empresas não cumpram os regulamentos.
Mas não só a indústria farmacêutica é responsável, também a sociedade pode diminuir o impacto dos produtos farmacêuticos. Por exemplo, quando a data dos medicamentos termina é crucial a sociedade estar informada de que não se deve deitar estes medicamentos para a rede de esgotos. Em Portugal, a associação Valormed [2] é responsável pela gestão dos resíduos das embalagens vazias e medicamentos fora de uso e desse modo são a solução para o exemplo do medicamento que termina a prazo. Esta associação possui um papel relevante para a minimização do impacto global dos produtos farmacêuticos. Contudo, poderia haver por parte dos dirigentes uma sensibilização para a população em geral da existência da associação e da sua importância.
Elaboramos uma apresentação em PowerPoint contendo o conteúdo referido anteriormente.
Link: https://docs.google.com/presentation/d/1ggqqs3LakoABhC3AKFsuCK6FR1l8rAn9nfjCVMzSaJI/edit?usp=sharing
https://jamboard.google.com/d/15ljEnV1_R8L4NUnqgZo1Ys-a8AbS3MQviTHpj3LW4wE/edit?usp=sharing
[1] Cecilia Trecco / Vanesa Castello / Kedikian Romina Sobrero Cecilia / Sisti Ada / Oviedo Sergio (2011). La gestión eficaz de los residuos en el entorno de las buenas prácticas de la industria farmacéutica. Producción + Limpia - Julio - Diciembre de 2011. Vol.6, No.2 - 32•46. Acesso em 6 de abril 2021https://www.researchgate.net/profile/Sergio-Oviedo-Albarracin/publication/262457642_Efficient_management_of_waste_within_the_best_practices_of_the_pharmaceutical_industries/links/57e1251808ae9834b4e7e1f5/Efficient-management-of-waste-within-the-best-practices-of-the-pharmaceutical-industries.pdf
[2] Acesso em 6 de abril 2021Quem somos :: ValorMed
[3] Carla Alexandra Gonçalves Simões (2017). A indústria farmacêutica e o desafio de reduzir impactes ambientais.Acesso em 6 de abril de 2021Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa: A indústria farmacêutica e o desafio de reduzir impactes ambientais (ufp.pt)
[4] Acesso em 14 de abril 2021 https://www.ema.europa.eu/en/ich-q10-pharmaceutical-quality-system
[5] Acesso em 14 de abril 2021 https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=LEGISSUM%3Al28120[6] Acesso em 17 de abril 2021 https://core.ac.uk/download/pdf/61010086.pdf
Comentários
Enviar um comentário